segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Pensando ao som de Foo Fighters,  no meu quarto, olhando para a tela do meu computador. A rua vazia parecia distante, a noite tão dramática quanto eu, me olhava com ar de incerteza, dúvida, melancolia e compaixão. Sentia um arrepio a cada acorde, o jeito como a guitarra chorava quando sentia o toque revoltado da palheta contra suas cordas me fazia querer sentir por ela. O ritmo da bateria, o tempo correto a se seguir… O tempo, aparentemente não era meu maior problema!!
 “Todos tem suas feridas”- me falaram um dia- As minhas são grandes. Penso que, talvez, incuráveis. “Ora, mas isso não é algo que uma garota de 15 anos diria. ”Eu não digo nada, só sinto. Sentir é pior, sentir é pior do que qualquer coisa que você possa imaginar. Tente viver a base de fantasmas e entenderá. Imagine que esses fantasmas te impedem de comer, de acreditar, de dormir e de sentir. -Sentir é o melhor- Sentir é melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar. Imagine, só por um instante, um coração jovem, imagine que esse mesmo coração atormentado pelos tais fantasmas, esteja tão ferido que não consegue mais produzir sentimentos. Imagine o vazio, imagine o coração sadio de novo. E agora por fim, faça-o voltar ao estado impuro que era antes. É assim, exatamente assim, que estou. Era nisso que pensava incessantemente na noite vazia, no quarto vazio, na rua vazia, com a mente cheia. Os típicos arrepios, as mesmas incertezas, os defeitos, que já foram qualidades ou as qualidades que já foram defeitos. O amadurecimento precoce, ou a ideia infantil da maturidade.
15 anos de vida, quase 16, vividos da melhor e da pior maneira possível. Ou de maneira nenhuma, possivelmente 15 primaveras desperdiçadas em meias-verdades. As mesmas meias-verdades que me irritam. Tudo que é meio me estressa. Meia-felicidade, meia moça, meia-certeza. Quero tudo, ou quero nada. Quero todo o amor que houver nessa vida, e, se não puder tê-lo, não quero amor nenhum.


- Bruna Borges

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